Quem é Crente?

Faz tempo que não ganhava tantas flores como ganhei hoje.
Meu dia tornou-se florido.
Começei o encontro com uma oração, em especial pela tia de uma das catequizandas que falecera essa semana.
E continuei respondendo as perguntinhas que a algumas semanas eles haviam me feito.
Uma em especial havia me chamado a atenção: "Qual a diferença de católico e crente?" Por isso o título do encontro.
Em minha comunidade, como em muitas, é entendido que o crente é o Evangélico.
Crente, vem do verbo crer, ou seja, crente é quem crê em algo.
Perguntei então, alguém aqui é crente?
Ninguém se manifestou, até que uma corajosa levantou a mão e disse: Eu creio em Deus!
Foi então que todos levantaram seus dedinhos.
Mas para crer precisamos conhecer. Ontem meu professor de Administração Moderna colocou a seguinte frase: "Quem não acredita no mensageiro, não acreditará na mensagem"
Para acreditar no mensageiro, precisamos conhecê-lo.
Jesus veio ao mundo deixar sua mensagem, e só quem acredita nele, pode acreditar em sua mensagem.
Simplesmente para conhecer o mensageiro, precisamos estudar, conhecer a bíblia, ir à Igreja, rezar...
Crer é muito difícil hoje, principalmente em Deus.
Fiquei muito admirada e orgulhosa da menina que afirmou com firmeza sua crença.
Após isso li o Evangelho do dia e expliquei sobre o Fariseu e o Publicano.
Quando estava quase terminando o encontro, três meninos me trouxeram as flores que publico agora.
Algumas outras meninas também trouxeram as suas, no total foram oito flores, dois corações e dois bonequinhos...
Alegra o dia e a alma.

As Imagens na Igreja Católica

Imagem do Blog: Imagens Católicas.

O encontro foi tranquilo.
Coloquei três imagens lá na frente.
Um papel em branco, representando o Senhor José, uma pintura antiga de um quadro de meu bisavô e minha bisavó, o Sr. José e a Sra. Katarzyna, e uma imagem de Jesus.
A Igreja Católica usa simbolos, muitos simbolos pra representar, ou melhor facilitar, indiretamente, nossa fé.
O uso das imagens é muito criticado por outras religiões, porém, cada imagem tem um significado muito mais profundo.
Quando coloquei o papel em branco, e disse que aquele papel era a imagem de Sr. José, as crianças riram. Não havia como imaginar ele, e como realmente acreditar que ele existia. Alguns imaginaram ele moreno, outros ele loiro, magro ou gordo. Quando coloquei a imagem de meus bisavôs, eles puderam ter uma idéia de como eram eles, e se eles estivessem vivos, provavelmente se eles os encontrassem saberiam que eram meus bisavôs. Por fim, a imagem de Jesus.
Jesus é representado de várias formas. Porém, todas as vezes que vemos a imagem de um homem com olhos serenos, transmitindo a paz, sabemos que é Ele.
A ideia é simples, mas bem direta. O objetivo das imagens não é outro do que este, facilitar pela visão a contemplação e a compreensão de um mistério, torná-la de certa forma mais próximo e até mesmo tocável. Não somos seres puramente racionais. Se o fossemos não precisaríamos de fotos, presentes e outros objetos de forte valor simbólico.Somos seres corporais, dotados de grande sensibilidade. Ver, tocar, sentir o cheiro, ouvir o som, tudo isso ajuda a nos aproximarmos mais de Deus. Por isso, a Igreja não só valoriza as imagens, mas também toda pintura de cenas bíblicas, o toque dos sinos e do órgão, o cheiro de perfumes e do incenso.
Para finalizar, respondi algumas perguntinhas da caixinha, mas isso eu deixo para outra postagem.


Notas: O uso de imagens pela Igreja é antiquíssimo. Não há um data ao certo de quanto se teve uma primeira imagem representativa de Cristo ou dos santos. Sabe-se contudo que originalmente eram mais comuns apenas pinturas, mosaicos, ícones. Esculturas são mais raras no início e só se tornaram comum no Ocidente. No Oriente sempre se usou unicamente pinturas e mosaicos, os Ucranianos principalmente. Aqui no Paraná encontramos Igrejas somente com pinturas e mosaicos, sem esculturas.

Catequista, você acredita na Reencarnação?

Antes de partir para a resposta, refleti muito sobre a pergunta.
Estavamos em um encontro falando sobre os Sacramentos. Passei alguns slides sobre a Unção dos Enfermos, e eis que alguém levanta seu dedinho e me pergunta seriamente: "Catequista, você acredita na Reencarnação?".
Olhei para ele e disse: "meu querido, não, não acredito." E continuei o encontro.
Aquilo passou, terminei o encontro, as crianças foram brincar e eu fiquei observando.
Logo a pergunta novamente ecoou em minha mente: "Catequista, você acredita em Reencarnação?"
Voltei para casa e começei a refletir de onde ele poderia ter tirado tal dúvida.
No outro dia fui à missa e perguntei a um frei sobre o que responder ( A Igreja Católica acredita na Ressurreição, e por ela fomos libertos da dor da morte).
O frei me fez pensar sobre algo que não havia "me ligado": crianças são como esponjas que absorvem muito, e assistem muita Tv.
Absorver o que nós adultos falamos, isso eu já havia percebido, mas assistir Tv, isso é óbvio, elas gostam de assistir desenhos animados, filmes... e novelas.
As crianças estão assistindo muitas novelas.
Se muitos adultos ao assistirem novelas já ficam levemente alienados, imaginem crianças que estão formando seus valores.
A resposta foi simples.
No sábado seguinte levei algumas pesquisas próprias, e passei algumas passagens sobre sermos únicos para Deus, sobre haver uma única vida, e sobre a Ressurreição de Jesus.
Fiz um cartaz também, e desenhei bem grande uma Tv. E dentro dela escrevi: "O que a Tv nos moNstra", a idéia foi: o que ela nos Mostra pode ser uma MoNstra.
Coloquei principalmente sobre valores passados pela Tv (internet, jornal, rádio): Dinheiro, morte, drogas, armas, dor, tristeza, futilidades e também desenhos animados, filmes interessantes, canais educativos. E pedi pra elas refletirem um pouco sobre o que escolhemos assistir, fazer, acreditar.
Não só as crianças, mas nós adultos precisamos nos policiar.
Há pessoas que seguem a tendencia da novela, o que o Fulano vai fazer com o Ciclano, a tendencia da religião... Já ouviram falar de tendencia Religiosa?
Não que a Reencarnação seja isso, longe disso. Mas como alerta ao o que é passado nas novelas, tanto sobre a Igreja Católica, quanto sobre o Espiritismo, Induísmo, ou qualquer outra religião, chega as nossas telinhas com um grau de retorcimento muito grande, principalmente para o lado negativo.
Por fim, aproveitei a dúvida para falar sobre outro assunto muito importante: a integração com outras religiões.
Expliquei um pouco sobre o que o Espiritísmo e outras religiões que acreditam na Reencarnação pregam, e expliquei que a diferença entre Católico e Espírita deve ser apenas em nome, e não nos principios. Devemos amar ao próximo independente de crença, cor, ideais.

Caixinha de Perguntas - Apresentação

Quando me perguntam por que sou catequista, me vem uma musiquinha muito bonita de Padre Zezinho : "Amar como Jesus Amou".


"Um dia uma criança me parou, olhou-me nos meus olhos a sorrir.
Caneta e papel na sua mão, tarefa escolar a cumprir.
E perguntou no meio de um sorriso o que é preciso para ser feliz?
Amar como Jesus amou,
Sonhar como Jesus sonhou, pensar como Jesus pensou, viver com Jesus viveu.
Sentir o que Jesus sentia, sorrir como Jesus sorria
E ao chegar o fim do dia eu sei que eu dormiria muito mais feliz.
Ouvindo o que eu falei ela me olhou, e disse que era lindo o que eu falei.
Pediu que repetisse, por favor, que não falasse tudo de uma vez. 
E perguntou no meio de um sorriso, o que é preciso para ser feliz.
Amar como Jesus amou,
Sonhar como Jesus sonhou, pensar como Jesus pensou, viver com Jesus viveu.
Sentir o que Jesus sentia, sorrir como Jesus sorria
E ao chegar o fim do dia eu sei que eu dormiria muito mais feliz.
Depois que eu terminei de repetir, seus olhos não saiam do papel. Toquei no seu rostinho e a sorrir pedi que ao transmitir fosse fiel. E ela deu-me um beijo demorado e ao meu lado foi dizendo assim. Amar como Jesus amou,
Sonhar como Jesus sonhou, pensar como Jesus pensou, viver com Jesus viveu.
Sentir o que Jesus sentia, sorrir como Jesus sorria
E ao chegar o fim do dia eu sei que eu dormiria muito mais feliz."


Com essa inspiração, sigo na minha tarefa de catequista.
Minhas crianças estão na faixa de 9 e 10 anos, e possuem muita curiosidade sobre muitas coisas que ouvem os adultos falar.
Como é difícil responder a todos ao mesmo tempo, criei a "Caixinha das Perguntas".
Nela as crianças colocam suas perguntinhas, e eu, tenho a tarefa de responder durante a semana.
Gostaria de compartilhar com meus leitores as perguntinhas.
Quem sabe possa ajudar alguém na tarefa de catequizar.
Com grande carinho,
Catequista Dani.